Rainha falida

Ouço que tuas palavras

já não são como antes, espalhadas.

Tua fé, agora, se perdeu

e deixou sua singularidade

para transformar-te em plural.

Há os que ligam para as letras

e os que ligam para o modo,

para agir, pensar e o próprio falar.

Os que veem palavras, as veem,

os que veem sentimentos

não se importam com rabiscos.

Selecione teus amigos, minha cara,

pois estes homens serão teus bobos

e os que você quer, teus destruidores.

Que entrem em desuso os que não te servem,

rainha falida, e os que te servem, que falhem.

Desejo-te a volta da realidade

e a fundição dos teus primitivos.

Você nunca foi a mesma, mas agora

não comece a atrapalhar meu caminho:

não mexa com quem amo que não despertarei a fúria.

Eduardo D
Enviado por Eduardo D em 29/03/2012
Código do texto: T3582766
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