Ao pai do Coração
Se fecho os meus olhos
Sou sombra, solidão.
Mergulho no espaço sem volta
De medo e escuridão
Procuro a luz que foge sem resposta
Escondo-me do novo, fecho a porta.
Busco o que não vejo, perco-me de vista.
Corro sem rumo, fujo da vida.
Tranco-me no porão, assombrada com os vultos da solidão.
Viajo no tempo, buscando a solução,
Procuro a resposta dentro do coração.
Mas encontro no seu sorriso à porta, a libertação.
Como mágica você me aparece
Com sua voz calma, seu carinho, sua prece.
Tudo que era nada, do nada se transformou,
E tudo que era medo e raiva, só o amor ficou.
Fez-me acreditar que do medo ninguém fugirá
Porque dentro de nós ele sempre estará
Se a nossa força interior não superar
Ninguém mais poderá ajudar
Que o amor verdadeiro só vamos encontrar
Se com sabedoria tentamos conquistar
Que a amizade não tem forma, não tem idade.
E só o tempo nos mostrará
Que um amigo de verdade
Presente sempre estará.