Ao pai do Coração

Se fecho os meus olhos

Sou sombra, solidão.

Mergulho no espaço sem volta

De medo e escuridão

Procuro a luz que foge sem resposta

Escondo-me do novo, fecho a porta.

Busco o que não vejo, perco-me de vista.

Corro sem rumo, fujo da vida.

Tranco-me no porão, assombrada com os vultos da solidão.

Viajo no tempo, buscando a solução,

Procuro a resposta dentro do coração.

Mas encontro no seu sorriso à porta, a libertação.

Como mágica você me aparece

Com sua voz calma, seu carinho, sua prece.

Tudo que era nada, do nada se transformou,

E tudo que era medo e raiva, só o amor ficou.

Fez-me acreditar que do medo ninguém fugirá

Porque dentro de nós ele sempre estará

Se a nossa força interior não superar

Ninguém mais poderá ajudar

Que o amor verdadeiro só vamos encontrar

Se com sabedoria tentamos conquistar

Que a amizade não tem forma, não tem idade.

E só o tempo nos mostrará

Que um amigo de verdade

Presente sempre estará.

Flávia Barbosa
Enviado por Flávia Barbosa em 31/01/2007
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