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O jardim das palavras,
Precisa ser muito bem cuidado,
As ervas daninhas da ira,
Precisam ser censuradas,
Substituídas por outras,
De preferência afetuosas,
Roucas...
Generosas!
...Bonitas!
Plenas de suspiros apaixonados.
 
 
Boas palavras abrem portas,
Estendem tapetes aveludados...
Removem as células emocionais mortas!
Têm sempre seu lugar guardado,
Invariavelmente, benvindas!
Não têm contraindicação.
São, incrivelmente, coloridas.
Previnem doenças do coração!
Pode-se usá-las à vontade.
Geram felicidade!
 
 
As outras, não!
Geram desunião,
Destruição,
Separação,
Devastação,
Solidão!
 
 
Os canteiros dedicados às palavras de afeição,
Têm que flertar com a perfeição.
Devem ser claros,
Posto serem caros!
Por serem lindos,
Precisam estar limpos!
Têm que ficar expostos ao tempo,
Por serem portadores de sentimento!
O sol e a lua
Zelarão de lá, da altura!
 
 
Ali estarão os bens mais preciosos,
Os frutos mais saborosos,
Aquelas palavras que nunca deveriam ser evitadas,
Convenientemente economizadas!
As declarações de amor,
Precisam exalar frescor!
Para não parecerem plastificadas,
Pasteurizadas!
Mas, em hipótese alguma, devem ser engolidas.
Precisam ser ditas!
 
 
São propulsoras do infinito,
Do que pode existir de mais bonito!
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho à minha amiga,
Poetisa,
Lu Mansanaris
 
 
 
 
 
Música indicada
"Tanto"
Milton Nascimento
 
 
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Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 07/06/2012
Reeditado em 07/06/2012
Código do texto: T3711392