NA MÃO ESTENDIDA

Não espere nada de olhos vedados
No lado escuro eis que ser versado
Se em todo dia só a noite espreita
Se no claro cego passa os seus dias
 
Se em toda manhã o sol lhe fere
E em toda tarde cedo emudece
Por novo alento sempre se tem
Quando no peito amor se ânsia
 
Para ser livre todo grilhão se carrega
Para ser solto toda corda se arrasta
Sem redes no muro alto se equilibra
Para ter toda noite uma cama incerta
 
De noites sonâmbulas e mal dormidas
No iniciar dos dias cego já cedo se via
Sem saber para onde ir só caminhava
No breu de todo escuro a luz procurava
 
O fundo do poço nunca aparecia
Mergulhando nele nada nunca via
Só as paredes que secas passavam
Aspirava só ter um tanto de alegria
 
Onde com muita pouca luz se vivia
Ditos não contavam histórias vazias
No mundo do medo coragem nascia
Para se livrar dos ditos é na maestria
 
Na vida sábia há perseverança
De todo mal haverá fim um dia
Se nos caminhos esperança tinha
É que tá na alma o mapa da mina
 
No trajeto triunfante só com luta
Não esmorecer em qualquer lida
Pois o caminho falso nos ensina
Há que ter a verdade como guia
 
Perseverança no bem que se acredita
Saber existir claridade no fim da linha
Se nos caminhos semeadura boa faz
Colheita terá enfim na mão estendida


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‘A criatura humana até agora jamais se importou com as leis divinas da Criação! Isto é, não se importou com a sagrada vontade de Deus. Entretanto, nunca cessa de repetir sempre de novo: “Seja feita a tua vontade”. Abdrushin na Mensagem do Graal – www.graal.org.br