Conversa de nós dois

Certo dia, ao encerrar da noite, dois amigos se colocaram a conversar; lembrando dos planos e brincadeiras, dos dias de conversas alegres, que fortaleciam a amizade ainda mais.

A conversa se permitia continuar.

Ela dizia:

- Quando nos veremos para marcarmos o casamento?

E em contrapartida:

- To só esperando eu voltar para minha cidade, viu. Estou doido para te ver de véu e grinalda do meu lado! Já vai se preparando...

- Pode deixar. Vamos morar onde, Sr meu futuro esposo?

- Uai, minha sra. Dona esposa, pra mim, morar no seu coração já é o bastante, mas como precisamos de um teto, podemos morar em qualquer lugar desde que lhe satisfaça.

- Basta-me, um cantinho a beira mato, onde o sossego se faça morada!

E com todo o romantismo, ele respondia:

- Onde o por do sol seria nossa televisão assim como o horizonte; o piar dos pássaros, nossas músicas, nosso rádio; as árvores, nossos postes...

Ela então, mostrava com ternura o que queria.

- E o bom ar e paz do campo, nossa aliança e crença de que juntos seremos mais. E venha logo nobre doutor, eis então, que meus dias se farão mais felizes e floridos em sua presença!

Amante de bons poemas, e cordialidade. Ele dizia:

- Espero que não apenas as mensagens se tornem um poema, mas que nós também sejamos um poema, nossa relação. Um poema que fale das coisas mais bonitas e simples dessa vida.

Juntos imaginavam e acreditavam naquilo que poderiam construir.

- Que assim seja! Me traga junto de ti, um anel de noivado, não almejo dos caros, basta um que em minha mão mostre a quem olhar, que já existe alguém nesse lugar.

- Não será ela de rubi ou talvez de diamante, será porém uma simples aliança de uma dama; não representará o amor de um amante, mas o simples amor de quem te ama.

Construíam a distancia, o conto de uma paixão. Não faziam ideia se aquilo realmente se faria sério, ou se continuaria a ser a brincadeira de dois bons e forte amigos.

A literatura que os unia ainda mais, fazia com que a despedida, chegasse ao coração.

- Boa noite ao doce homem é o que dedico a você, valente por fazer forte a alegria dessa pobre dama. Se olhares ao céu, coberto de estrelas estará, e pedi a elas que iluminassem seu caminhar...

- Que a noite leve aos teus olhos, querida, o sereno sono que cobre as mais lindas rosas. Descanse, e em repouso leve toda a sua alma, viu. Que as estrelas nos prometam um futuro bom.

E a quem não os conhecia, imaginava que ali, o puro e forte amor, seria de dois jovens, muito apaixonados.

Laura Aquino e Felipe Souza de Andrade
Enviado por Laura Aquino em 11/06/2012
Reeditado em 30/08/2012
Código do texto: T3718500
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.