CAMINHOS PARALELOS 1


Almas vem e vão
no materializar-se e no tornar-se pó!
Andam pelas estradas da criação,
mas não estão só!
Suas bocas emitem os sons de si,
ecos da alma e do coração...
Inscrevem pela estrada a sua estada,
diários, diários de sua peregrinação!
Vem e vão as almas colecionando experimentações:
O amor de quem as gera,
carinho para quem as guarda na procissão,
raiva por aqueles que lhes jogam pedras,
afeto para quem lhes estendem as mãos!
Caminhos estranhos, caminhos paralelos,
que se cruzam ou não!
Que se encontram ou que nunca se encontrarão!
Almas são como as largatas,
tem em si a semente da transformação!
Reter-lhes o passo na estrada é sempre um instante vago,
por isso quando há amor, que este seja pleno é raro;
pois as almas estão em casulos parcos,
berçário de sua transformação!
E para as asas das almas-borboletas só basta o espaço!

Edvaldo Rosa
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19/02/2007