A TOCA DO LOBO

O mercador Zaquias

Procurava se achegar de todo o modo a Mizael

No que Mizael começou a pensar

Os mais desencontrados pensamentos

Como o mercador Zaquias

Estava-se mostrando tão amigo querendo só perto dele ficar

Se com a Luz do Sol não pôde passear

Mas respodeu ao mercador

Nada me impede de comprir o meu dever

De acompanhar o mercador Zaquias

E contou-lhe como chegar lá na floresta

Onde tinha muita caça

O mercador Zaquias prestava muita atenção

No que Mizael falava

Mizael mesmo sendo muito jovem começou a desconfiar

E se retirou e foi com o pai Benjamim falar

Antes da caça começar

Em casa entrou e ao pai Benjamim contou tudo o que o mercador

Falou

No que o pai Benjamim respondeu

No que te basei-as para te atreveres a levantar suspeitas

Contra o Mercador Zaquias

Não são bem suspeitas

É que acho estranho ele querer a minha companhia

Bem assim sendo eu e o Antão

Não vamos procurar caçar a raposa

Vamos só te acompanhar á distancia e ver o que vai dar

Em vez de ires pelo caminho que leva ao rio

Segue pelo riachinho que por lá tem muita toca

Eu ate lá vi um lobo e um lobinho filhotinho

Mas eu não vou atirar no filhote lobinho

Sim Mizael tu não vais atirar mas o mercador Zaquias

Não vai deixar a oportunidade passar

Portanto se acontecer de ele atirar no lobo sem te avisar

É que quer te assustar

Mas eu vou estar por perto para o que precisar

Portanto presta muita atenção ao que se passa ao teu redor

Estou certo pai Benjamim que o mercador Zaquias

Não se afastou de seus tesouros

Para nos fazer companhia

Seguiram para a caçada e tudo estava acontecendo

Como o pai Benjamim previra

Começou a notar que o mercador Zaquias

Não se afastava de seu filho Mizael

Mas o que o mercador Zaquias não sabia é que Antão

Já estava escondido perto da toca dos lobos

Quando surgiu um lobo o cavalo se assustou

Mas não foi o cavalo do mercador Zaquias

Foi o cavalo do Mizael

Que saiu em disparada mas o tiro não levou

O mercador Zaquias estava preparado para atirar

Mas não contava que havia lobo no lugar

Mas ele se afastou do lobo e foi o Mizael procurar

Foi ai que o pai Benjamim

Passou a se preocupar

Pois ele pensava que o mercador Zaquias

Não ia perder a oportunidade de o lobo acertar

Mas quando do Mizael se se aproximava

Levantou a espingarda não viu a toca da loba

Que dos lobinhos cuidava

Ai o cavalo pulou e o mercador Zaquias para a toca rolou

Foi duro tirar o mercador Zaquias da toca

Pois a loba seu braço abocanhou

Só mesmo Antão sabia como librar o mercador Zaquias

De ser comido pela loba que cuidava da cria

Antão segurou um filhote lobinho e mostrou para a mãe loba

Mas a loba o braço do mercador Zaquias não largou

Antão não desistiu e mais perto da loba se achegou

Nisto veio o Mizael e um tiro para o ar atirou

E a loba o braço do mercador largou

Antão deixou no chão os lobinhos

E a loba com os lobinhos na toca entrou

E assim terminou a caçada da despidida de Mizael

Antão foi encombido de acompanhar o mercador Zaquias

Até sua casa

No que ao chegar conheceu a Lentidão

Que veio ao encontro do mercador Zaquias

Para ver o que tinha na mão

Mas esbarrou no Antão e pediu perdão

Antão ia se retirando mas o mercador Zaquias

A ele quis agradecer por sua vida salvar

No que Antão respondeu que quem salvou sua vida

Foi o jovem Mizael

Mesmo assim o presente vou te dar leva esta algibeira

Com tudo o que nela há

Antão aceitou a algibeira com grande alegria

O que Antão não sabia é que essa algibeira ia mudar sua vida

Pois a Lentidão a algibeira queria

Pois sabia que na algibeira muito ouro havia