SEMPRE FUI TEU MELHOR AMIGO
SEMPRE FUI TEU MELHOR AMIGO
Já a noite ia alta
Quando o pai Benjamim e seu filho Mizael
Se retiraram da casa da Luz do Sol
Assim que começaram a caminhada
Muito calados estavam
Mas o pai Bemjamim quebrou o silêncio assim
Não posso entender fazer tal pedido
Sem antes teres falado comigo
Ser forçado a concordar
Que coisa orrivel para um pai
Nunca te deixei correr ao encontro
De nenhum perigo
Sempre fui teu melhor amigo
Meu pai nunca pensei
Que tal atitude fosse ser um constrangimento
Para meu pai
Novamente meu pai
Peço-lhe que consinta no meu pedido
A tua insistencia torna-me nervoso
Para que hás de correr
Ao encontro de uma etapa da vida
Sem pensar
Pai Benjamim esse foi o meu pensar
Durante todo o tempo que na cidade vivi
Conheci muitas pessoas
Mas amor igual eu não vivi
Se meu sonho realizar com a Luz do Sol
Nem para longe de novo quero ir
Vou contarte disse seu pai
Desde que te ausentas-te
Para na cidade estudar
Antão muitas vezes se ausentava
Eu que nunca havia notado
Nada de estranho no Antão
Comecei a ficar preocupado
Então certa noite me retirei como se fosse dormir
Mas fiquei observando o seu agir
E seguio até o seu destino
por este meio comecei a segui-lo
Sempre que se ausentava
E assim fiquei sabendo de coisas que quero te revelar
Ele Antão ia se encontrar com a Lentidão
Ela vinha sempre com o lampião na mão
Certa noite
Antão lhe dizia
Tu Lentidão é que és feliz
Não tens mais o mercador para te dar ordens
Passas a vida na ociosidade
Não Antão o mercador Zaquias
Não era só meu patrão
Ele prometeu comigo casar
Por isso não entendo porque mudou o ouro de lugar
Esquece o ouro Lentidão
Eu antes de te conhecer
Nem sabia o que era solidão
Agora só fico feliz quando te vejo chegar
Segurando o lampião
Não que o patrão Benjamim
Não seja justo
Mas eu gostaria de viver o amor na tua companhia
No que Mizael respondeu
Até agora Pai Benjamim
Não vejo porquê está preocupado
Até é bom que o Antão e a Lentidão pensem em união