Psicologia Maternal

(A uma psicóloga)

Sábias palavras daquela jovem menina...

Ainda moça? Vá, o tempo a tornou mais bela!

Do pueril conselho que repleta ensina...

Completa ao dialogar é onde se revela!

Com suave retórica na recepção...

À sala destila uma paz contagiante!

Afasta do entrante qualquer desolação...

Na saída regressa a disposição de antes!

Ó consolante em requinte de fidalguia!

O lacrimável enxuga em fala agradável...

De um simples cantante nas veredas me guia...

Nos descentes me levita, essa mãe admirável!

Demonstra ao se expressar um feitio maternal...

Carinho sem igual! Ninando a mocidade...

Da meninada contorna o que lhe faz mal...

Justapõe à ouvinte a gestual maternidade!

Medos possui da juventude transviada;

Com o ensino – angustiada- ao jovem zeloso...

Ventura desgostoso um semblante, mas nada...

Quando o aluno ao estudo faz seu ano doloroso!

Espelha do Leão a coragem e bravura...

À benção do Cordeiro, a expiação esmigalha...

- Maria! Maria! É a salva que flutua...

De amigos, no ar, nos recantos em que trabalha!

De cabeça bem fria cheia de valores;

A sua mente se entrelaça a do adolescente...

Faria por eles... Eminentes favores...

-Tanto faria outra mãe com um filho em mente!-

Clamam de doutora... Chamam como senhora...

Não importa o modo da procura do alunado!

A meu ver é uma mãe para todas as horas...

É um refúgio a seus adotivos malogrados!

Carmo de Oliveira