A ÁGUIA DE BRONZE
Aquela casa sem chão
Só uma ÁGUIA de bronze na porta
Porta em arco
Janelas retangulares
E o teto que dava para ver o céu
O céu estava nublado
Não consigo andar mas tento seguir pela ponte
Que está a balançar
Subi na ponte
Lá do alto olho o jardim
Vi tanta flor
Olhei de novo
Que grande roda
Vai girar
se eu andar posso cair
A roda gira e fico olhando
Olho de novo vejo um jardim
Que estranho
DE um lado o jardim é florido
Mas do outro lado é ressequido
Mas encanta mesmo assim
O que divide o jardim
É uma escadaria
Que olhando daqui parece que não tem fim
Do lado da escadaria tem uma fenda
Vou entrar nela
Mas não consigo alcançar
Pois esta ponte não para de balançar
Como vou descer desta ponte
Que tanto balança
Olho de novo
A casa vasia só vejo paredes
Onde estão as janelas
E as portas
E a Águia
A ponte virou e veio a Águia que me segurou
Voei voei
Voei com a Águia
Voei como o vento
Avistei um caminho que leva ao rio
Sim tem um rio
Mas é poluido solta um mal cheiro
Não posso cair
Olho pro alto vejo um muinho
É de lá que sai o veneno
Que polui o rio
Não posso cair nesse rio imundo
Parece raso mas é muito fundo