A ÁGUIA DE BRONZE

Aquela casa sem chão

Só uma ÁGUIA de bronze na porta

Porta em arco

Janelas retangulares

E o teto que dava para ver o céu

O céu estava nublado

Não consigo andar mas tento seguir pela ponte

Que está a balançar

Subi na ponte

Lá do alto olho o jardim

Vi tanta flor

Olhei de novo

Que grande roda

Vai girar

se eu andar posso cair

A roda gira e fico olhando

Olho de novo vejo um jardim

Que estranho

DE um lado o jardim é florido

Mas do outro lado é ressequido

Mas encanta mesmo assim

O que divide o jardim

É uma escadaria

Que olhando daqui parece que não tem fim

Do lado da escadaria tem uma fenda

Vou entrar nela

Mas não consigo alcançar

Pois esta ponte não para de balançar

Como vou descer desta ponte

Que tanto balança

Olho de novo

A casa vasia só vejo paredes

Onde estão as janelas

E as portas

E a Águia

A ponte virou e veio a Águia que me segurou

Voei voei

Voei com a Águia

Voei como o vento

Avistei um caminho que leva ao rio

Sim tem um rio

Mas é poluido solta um mal cheiro

Não posso cair

Olho pro alto vejo um muinho

É de lá que sai o veneno

Que polui o rio

Não posso cair nesse rio imundo

Parece raso mas é muito fundo

Sou a Mãe do Puro Amor Lucia Bauer
Enviado por Sou a Mãe do Puro Amor Lucia Bauer em 18/01/2014
Código do texto: T4655291
Classificação de conteúdo: seguro