Leah Ribeiro Pinheiro: não se aquiete se inquiete (interação de amizade)

O peito sempre aperta, aperta de viver

Aperta de alegria e tristeza também.

Aperta de medo e de esperança,

Que sempre vem.

Aperta disso tudo; ás vezes

De, apenas, alguns...

Aperta da inquietude, de

todo balanço da vida,que é certo,

Que a vida tem.

Não queira se aquietar nas certezas

Da exatidão; porque somente, após de mortos

Nossos peitos sossegarão.

Não se aquiete, se inquiete como

A poetisa Leah Ribeiro Pinheiro.

Se inquiete com o que a ela (e a todos nós) inquieta

“viver pobres migalhas, com o desejo no peito de voar,

De fazer mesmo de cada minuto um viver eterno, unir o medo á coragem

E [...] renascer todos os dias [...].”

Se entregue a inquietude da vida,

Como a criança se entrega a gangorra

Que a balança, pois se, ás vezes, é ruim o tombo,

Melhor é o prazer do vai-e-vem (in)constante,

Porque dele se faz a infância.

Francisca de Assis Rocha Alves
Enviado por Francisca de Assis Rocha Alves em 16/06/2014
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