FANTOCHES
Falavam do coelho
Falavam do cavalo
Falavam do cão
Falavam do gato
Guardadas na memoria
Histórias contadas
Quando menina meu pai escutava
Até suas mãos falavam
Em volta da lareira com suas mão sombras formava
Hoje tento lembrar para escrever
Coisas simples
Que me agradam passar adiante
Para o mundo continuar sendo mundo
Mudam os sistemas
Muda a sombra da Arvore de lugar
Mas eu sento perto do tronco
Quando estou a meditar
Procuro não deixar sucumbir as lembranças da minha infância
É por isso que estou escrevendo agora
Meu pai com suas mãos
Fazia sombras na parede
E hoje relembrando é como teatro de fantoches
As sombras criaram corpos
Corpos que são fantoches