Palavra de Amigo
Num sábio conselho eu de fato medito,
Sensivelmente mudo o meu semblante,
Emudeço ao refletir e não sigo falante
Diante do amigo em gestos silentes repito
Maneando a cabeça em sinal concordante.
Diante de tal expressa singularidade
Nutro e sou nutrido em aconselhamento,
Perseguindo este singelo pensamento
Diante da fatal ou mais bela realidade.
A palavra me aquece em acolhimento.
A boa palavra quando dita com razão,
Às vezes embebida no vinagre resolve,
Um bálsamo curador que nos envolve,
Se ouvida suave se amolda ao coração.
Já a hóstia da crítica é seca e não dissolve.
Engulo rígida, égida, feito um fel amargo,
Digerida após brindarmos a nossa amizade,
Um cálice duplo de excelsa sinceridade
Na garganta desce desfazendo o embargo,
Pois somos fiéis devotos da santa amizade.
A palavra embainha a espada da franqueza
Às vezes toca como um veludo a afagar,
Às vezes é fria como uma navalhar a cortar,
Mas inda que ouvida com a aura da tristeza
Um bom conselho é sempre bom escutar.
Num sábio conselho eu de fato medito,
Sensivelmente mudo o meu semblante,
Emudeço ao refletir e não sigo falante
Diante do amigo em gestos silentes repito
Maneando a cabeça em sinal concordante.
Diante de tal expressa singularidade
Nutro e sou nutrido em aconselhamento,
Perseguindo este singelo pensamento
Diante da fatal ou mais bela realidade.
A palavra me aquece em acolhimento.
A boa palavra quando dita com razão,
Às vezes embebida no vinagre resolve,
Um bálsamo curador que nos envolve,
Se ouvida suave se amolda ao coração.
Já a hóstia da crítica é seca e não dissolve.
Engulo rígida, égida, feito um fel amargo,
Digerida após brindarmos a nossa amizade,
Um cálice duplo de excelsa sinceridade
Na garganta desce desfazendo o embargo,
Pois somos fiéis devotos da santa amizade.
A palavra embainha a espada da franqueza
Às vezes toca como um veludo a afagar,
Às vezes é fria como uma navalhar a cortar,
Mas inda que ouvida com a aura da tristeza
Um bom conselho é sempre bom escutar.