O devido valor

Palavras sumiam-me à boca

quando me dei por mim

e, não mais ali estavas

foi pura loucura, completa perdição

Pelo meu rostom chovam lágrimas de sangue

conseqüência da imensa dor que me tomava

de uma profunda mágoa que me embriagava

e daquela intensa raiva que me envolvia

Uma febre me incendiava o peito

e logo se alastrava em seu interior

meu corpo já não me respondia os comandos

minha cabeça rodava, ao passo que me definhava

E quando lá longe já me encontrava

a beira daquele profundo abismo

desguarnecido, às garras da morte

foi que finalmente acordei de tal coma mental

E me vi cercado or outras pessoas

pessoas essas que comigo se importavam

me tratavam com carinho e respeito

e que, a mim, davam o devido valor

Foi então que realmente percebi

o que, até então, pensava já saber

que não há mal algum, e nenhum problema

que não tenha remédio ou solução

Passei agora a fazer justamente como eles

e dar às amizades um valor a altura

pois sei que tudo posso vir a resolver

com a ajuda e força que estão sempre a me dar.

Diogo Zanon França
Enviado por Diogo Zanon França em 25/09/2005
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