Adeus a meu amigo

Um dia,

Há um tempo atrás reformulei o significado de amizade,

Conheci um grande homem de modo que eu não pretendia

E isso me ensinou a ser melhor de verdade.

Inspirei-me em teu jeito descolado,

Seu sorriso sincero,

Que aspirava um sentido distinto desbocado

O jeito de encarar a vida com tenacidade de ferro.

Inspirei-me em teu jeito descolado,

Seu sorriso sincero,

Que aspirava um sentido distinto desbocado

O jeito de encarar a vida com tenacidade de ferro.

Teu jeito ora por demais permeado em carisma,

E sua presença um motivo plausível para a felicidade,

Aprendi a seu lado observar a vida sob novo prisma

Em pé de harmonia e igualdade.

Foram incontáveis momentos de pura diversão,

Ante seu espírito sereno, tudo parecia mais ameno,

Mesmo entre os momentos de aversão

O viver mundano perdia seu veneno.

Não pude sequer dizer adeus,

Mas sei que em algum lugar você

Sorri como antigamente.

Pois a seu lado creio que deva estar Deus,

Uma alma justa jamais estará a mercê

Teu semblante será conservado

Como em memória – um espírito brando verdadeiramente.

Hoje essas lembranças se mantêm acessas,

Assim como deveriam estar,

Talvez tardia seja poética certeza

E não deixaria de a meu jeito honrar.

Sobre encontro,

Sei que agora sua luta é pela justiça,

A cada confronto

Tua força regozija.

Não quero falar de tragédia,

Porém de vida, alegria e esperança,

Quando você me deu a rédea

Foi amor, presente terno da infância.

Porque aquilo que amamos vai partir,

E, no entanto, para sempre ficará,

Nada que foi verdadeiro, real e especial

Irá se diluir

A bonança restará.

Pois palavras serão sempre palavras,

A menos que se empregue algum sentido,

No oceano a mais bela aldabra

Levará para além do que se sabe,

O mais vivo

E genuíno sorrir que possa ser definido.