MINHAS BELAS CADELAS, LUA E PRETA: MORRERIA POR ELAS


Meus cães, meus fãs, me amam de verdade.
Fidelidade.
Pressentem se me aproximo.
Se me afasto, sentem saudade.
Lealdade. 
Existem pra me (nos) ensinar a amar ao próximo.
Sacerdócio.
Se não aprendo, insistem. 
Se não os compreendo, jamais desistem.
Desconhecem o divórcio.
Se, naturalmente, latem mais forte
- e lhes peço que se comportem -,
logo pedem perdão
vindo lamber meus pés ou minhas mãos.
Dóceis, obedientes, bravos,
não é justo que eu os queira como meus escravos,
prefiro acariciá-los como meus irmãos.
Aí, quando um dia se forem,
nos estertores de suas tenras idades,
sentirei saudade, sim, de verdade,
mas paradoxalmente feliz,
pois foi com eles que assim aprendi.


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Para o texto: Animal humano
De: Dilson Poeta
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Fernando A Freire
Enviado por Fernando A Freire em 01/09/2016
Reeditado em 02/09/2016
Código do texto: T5746595
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