Karina
Karina, tão gentil menina que comigo
Ao alvorecer dos sonhos lúcidos, me conversa
Rindo me faz contemplar aquilo que ficou para trás
Iluminando minha vertigem com magnânima paz
Na noite que a morte me acompanha, lado a lado
Algo seu, me faz pensar em novamente me ver acordado...
Karina, sabemos nós, de todo o desgosto
Aquele mesmo que preenche o mundo e o nosso rosto
Rimas humildes, é o que busco para tentar te surpreender
Indolentes pensamentos de amizade querendo florescer
Na noite que a morte me acompanha em procissão
Algo seu, me faz saber que só posso ver com o coração...
Karina, tão gentil menina, me deste sua amizade
Amigos assim, deveríamos ser até ver a imortalidade
Rindo dos acasos da vida, mesmo quando moribundos
Ironia ingrata essa, que comandaria nossos segundos
Na noite que a morte me convida a partilhar da poesia
Aquela mesma, que seria escrita com suspiros de agonia...
Alegria será para ti, quando enfim o tempo confirmar
Nada de mais especial para entreter e sonhar
Incomparável promessa que seria a mesma de Deus
Realmente, a confiança de que o amor existe de verdade
A mesma esperança que a faz ser tão crente, menina
Karina, gentil criança, sábia de tão pouca idade...