AS ROUPAS MOLHADAS
Até que certo dia
Bem no inicio do verão
Fomos passear de mãos dadas
Ás margens do rio
que cortava a propriedade
Seguíamos calados
Até se escutava o barulho da água corrente
Soltei sua mão
Tirei as sandálias e no rio mergulhei
o Ferreira me segui e muito sorriu
Mas quando viu que eu chorava seu sorriso sumiu
Quando saímos da aguá
O Ferreira exclamou fomos imprudentes
a aguá do rio ainda está fria
E agora temos que seguir com as roupas molhadas
E assim o mal que já vinha acometendo a doce Lucília se intensificou
Com uma tosse que nunca mais a deixou
até o fim do verão
No inicio do outono a tosse e sua vida acabou