AS ROUPAS MOLHADAS

Até que certo dia

Bem no inicio do verão

Fomos passear de mãos dadas

Ás margens do rio

que cortava a propriedade

Seguíamos calados

Até se escutava o barulho da água corrente

Soltei sua mão

Tirei as sandálias e no rio mergulhei

o Ferreira me segui e muito sorriu

Mas quando viu que eu chorava seu sorriso sumiu

Quando saímos da aguá

O Ferreira exclamou fomos imprudentes

a aguá do rio ainda está fria

E agora temos que seguir com as roupas molhadas

E assim o mal que já vinha acometendo a doce Lucília se intensificou

Com uma tosse que nunca mais a deixou

até o fim do verão

No inicio do outono a tosse e sua vida acabou

Sou a Mãe do Puro Amor Lucia Bauer
Enviado por Sou a Mãe do Puro Amor Lucia Bauer em 29/01/2017
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