SEGUNDA INFÂNCIA

SEGUNDA INFÂNCIA

Foi tão boa minha infância, faltou espaço.

Galera do jardim, usina, mergulho.

Futebol, mangas, rãs, piscina, palhaço.

Circo, palco, quintal, turma do barulho.

Criaturas da noite eram os ídolos.

Poucos mais velhos, artistas do barracão.

Coube na chave é, abrando aos símbolos.

Inspiração necessária, água, planta, pão.

Morei rápido na maia, depois fui pra laje.

Linha, ares, solto pipa, vento interage.

Sonho de santos, par de ilha, pestana.

Colégio, estudo, diversão na cabana.

Carvalho, árvore do ingá, estratégica,

Calor, segundo em trapézio, perigo.

Pau lá do alto galho, o mais antigo.

Só ouça pular os da fumaça mágica.

Cheiro de garapa, vinhoto, odor adocicado.

Matos cercam fragas, rocha, pedra, caminho.

Martins, pinta silva, primos. Peri ser sobrinho.

Serra, pontes. Moreno, polivalente machado.

Pois ei de trazer, a mim, muita lembrança.

Marcante, ar cujo nasci e descobri as cores.

Fontoura, chulé, luzes vagas de criança.

Mãe, sua lomba me carregou às torres.