As Faces de Ser

Refrão arrebentado

Vinho gelado

Papel amassado

Nó entalado

Na garganta do músico.

Corta a cena

Briga a regra

Acende a luz

Acerta a máscara

No rosto do ator.

Estala os dedos

Rabisca a prosa

Concentra a dor

Que o resto é nota

Na mente do poeta.

Abre o coração

Senta e não se vai

Não deixa bagunça não

Vem e faz seu ninho

No peito do rapaz

Que tem sorriso alvo

Musica no olhar

Um cérebro magnânimo

Sem vergonha de estar

Atolado

Timbrado

Preso

Solto

Alado

Amado

Comigo

Contigo

Convosco.

.

.

.

.

Vem e faz seu ninho

Não vou falar de novo.

Ladra de Tinta Seca
Enviado por Ladra de Tinta Seca em 08/03/2017
Reeditado em 09/03/2017
Código do texto: T5934962
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