SORRISO RASO (Para Débora Moura)

Naquele olhar gira-mundo,

às vezes preso ao acaso.

No seu temor mais profundo

ou breve sorriso raso,

mergulho sem precaução,

sem medo de me afogar,

lavado em convicção

de que, no globo ocular,

hei de encontrar mansidão;

me conhecer; situar.

Sem perscrutar conclusão;

apenas peito e lugar.

e quando o mundo, exaurido,

nos refutar condição,

ter, um no outro, um sentido;

um plano e uma direção.

Cassio Calazans
Enviado por Cassio Calazans em 24/11/2017
Código do texto: T6180677
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