Nem as LETRAS aprendia
Migrante se torna um forasteiro
Na terra que o abriga , mesmo que nessa terra venha a formar uma família
Família que nunca chega a cicatrizar suas feridas
Pois o migrante jamais esquece a família que o gerou
E os parentes e amigos do seu dia a dia da infância que viveu
O migrante só falsos amigos conquistou
na jogatina estes que o embriagavam e lhe roubavam o que nos bolsos tinha
Mas o vinho não o impedia de sonhos , sonhar pois se era migrante resolveu de novo imigrar
Vendeu as propriedades que a sua esposa pertenciam e resolveu imigrar para a terra prometida
Mas estourou a guerra e os navios de passageiros foram requisitados para a guerra servir
Então o grande homem pensou que não mais viveria
Mas sua rica esposa o convenceu a renegociar as propriedades que havia vendido
Alguns compradores se compadeceram e aceitaram devolver as propriedades por a mesma quantia que haviam pago ..
Mas aqueles que parentes da esposa eram não aceitaram o dinheiro de volta e
Lhe diziam você não é daqui vá procurar outra terra
Mas ele lá se ajeitou com o que recuperou e com o dinheiro um negocio promissor formou se tornou o maior comerciante de cortiça das redondezas
e dinheiro nunca lhe faltou
Mas continuou a sonhar com a terra prometida
Quando a guerra terminou mais uma filha gerou
Mas aí a esposa doente ficou
E depois de cinco anos a morte a levou
Aí o mundo desandou pois o danado do vinho muitas chagas formou
Até sua respiração as crianças assustava
Pois por tudo e por nada surra de cinta nas crianças dava
O tempo não espera para continuar
E a filha mais velha foi levada ao altar
E a família de seis
Em quatro se encontrou
Mas a vida continua
Só não continua para quem ao pó voltou
Ali ficou aquele homem com trés bocas para alimentar
Ele até tentou aos bons tempos voltar
Pois até mandou a filha para a cidade grande a estudar
Mas esta bela e formosa
Também se apaixonou não sendo correspondida sua vida tirou
se enforcou com uma corda na casa onde foi gerada
Isto nem o copo de vinho o rico homem consolou
Aí que o sonho de partir ao seu pensamento voltou
Partiu com duas crianças
Crianças
Mas eram crianças pois nada conheciam a não ser a falta da mãe e a cinta que nelas batia e muito doía
Mas o pior é que o filho não os pode acompanhar
Pois é um caso tão triste que é difícil contar
Não sei se foi de apanhar
Ou se foi falta da mãe ou de comida essa criatura não crescia
Nem as letras aprendia
Como não sabia ler não pode seguir o pai e as irmãs para a terra prometida
Na terra que foi gerado permaneceu
E a terra remexeu e muito viveu chegou aos oitenta anos e depois morreu
O que ninguém esperava dessa criatura é que viesse a acumular uma fortuna