Memórias da presença

Definham de pesar promíscuo

Pela ausência que lhes é profícua

Ó saudade que és inconspìcua

Poder sentir falta, já é conspícuo

Corações, deem-se por satisfeitos

Por terem quem vos admirem os feitos

E a memória desses ferir vos os peitos

Afinal, ganharam seus exigentes respeitos

Se os amados legaram-vos as distâncias

É porque a vós confiaram suas existências

Não deixeis cair em tentação a lealdade

Há quem não tem por quem sentir saudade

É verdade que não existe a saudade

Há apenas, nosso ego hirto de vaidade

Se tudo que amamos

No peito abraçamos

Não há saudade, há sim, a ambição

Que é o fruto da nossa insatisfação.

Silikane Watomassyane
Enviado por Silikane Watomassyane em 10/08/2018
Código do texto: T6414823
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