A última bailarina

O palco, escuro estava

de brilho, apenas ela

aos poucos virava,

com toda cautela

Fitas prateadas oscilaram,

As luzes não vinham do projetor.

Os movimentos começaram

recheados de fervor

Delirante era o passo

Rápido rodopio,

de repente um pequeno salto

de volta ao principio

Oh Bailarina, da sapatilha meia-ponta de cristal

De talento inato, de perna fina

ela tanto encanta quanto rima

Com a sintonia do Natal.

Maleáveis movimentos,

flexíveis gestos,

indescritíveis os elementos

de seu sublime manifesto.

De olhos fechados ela deslizou,

do hemisfério a outro de cada coração

uma última vez cantarolou,

a última canção

Em seu pensamento, uma lembrança:

uma neta, uma tarde de sol e um sorriso de criança.

Logo seria Sofia, à ali estar

cintilando, vibrando, sentindo; algo como ouvir o som do mar.

Uma fita, do céu desceu

No ritmo da música, ela fluiu

O sentimento cresceu,

Sofia sorriu.

E, pelos corações que encantou

Pelas famílias que inspirou

e pela neta que amou

a Bailarina chorou

A salva de palmas começou,

semblantes brilhantes

olhares para o céu:

Apenas bailarina e seu véu

O som da salva ecoou,

O brilho da chuva, em uma janela, reverberou

A música silenciou

E um amigo se emocionou.

Naressi G
Enviado por Naressi G em 09/01/2019
Código do texto: T6546645
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.