Lagrima de Deus
Assim passa a vida
Um dia na fartura
Outro dia
Com frio na barriga
Frio na barriga com fome
Fome de comida
Fome de amor
Pois se sessa a chuva
Não nasce o alimento na terra
Chega-se a pensar
Em migrar de lugar
Se a água da chuva não cai
Migrar migrar
Mas água preciso levar
Migrei e um jarro de água levei
Até uma raiz de pé de café levei
Quando pensei em desistir
Ao rio eu cheguei
Rio que era rio
Pois como há muito não chove
O rio Secou
O rio secou mas a minha lagrima o rio molhou
Chorei de dó do rio
E dei-lhe um gole da água
Do jarro que carreguei
Ó rio sasseia tua sede
Que em breve me retribuirás
Com tua água
Para fazer brotar a raiz do pé de café
Que brotará
Com a água do rio que correrá
Pois rio rio tu és a lagrima de Deus
Quando tuas lagrimas saciarem a sede da terra
Não mais faltará a água no jarro
Retomei o caminho
E já a uma certa distância do rio que secara
Notei uma leve brisa
Anunciando a chuva que viria
Feliz fiquei Pois Deus Chorou
E a água do rio voltou
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