Pastor de sonhos
Aurélio não é de Buarque.
Nem de Holanda, é da vida.
Também não é d’outro mundo,
Nem mundano. É de Pinda.
Da terra de coronéis,
Do saudosismo sem fim,
Um dia o pastor de jovens
Distante de seu rebanho
Aproximou-se de mim:
Num trago, a Teologia,
Em goles, Filosofia...
Ideologia indigesta
Entre bolo e fantasia.
Pois, do “real”
À “práxis” do dia a dia,
Solidão em poesia...
Esperança em utopia...
Candidatura sem legenda,
Sem plataforma,
Sem guia!
Apenas o discurso de outrora
E a sensação de que amanhã
Será apenas mais um dia.
Mas a alma de poeta o alerta:
Um dia melhor! Bem melhor!
Com o mundo melhor
E um grande amor para ser feliz!
Aurélio não é só virtude.
Nem só defeito. Ele é amigo.
Também não é o melhor.
Nem é o pior. É o irmão!