Velhas amizades
há verão,
momentos nossos.
no repique da cadência
as vozes embaralhadas
se misturam inquietantes pelo assoalho
os delirantes arrepios
se confraternizam pelos cômodos,
há uma beleza na decadência.
mesmo na presença de queridas companhias
nas relembranças carregadas
de humor e risos
há tristeza transbordada em alegrias.
no coração que bate
rápido e forte
haverão passado passados.
na tentativa
de buscar o ontem
mata-se a saudade.
quantos encontros haverão
depois deste verão?