Via Dolorosa...
Do peito perfurado pela lança
do “você não pode”,
escorre em vermelho absoluto,
sobre o papel,
o sangue do poeta.
Bem feito!
Quem te mandou ser carne?
Maldita dor,
essa que me consome
no silêncio dos dias,
nos interstícios das lágrimas.
Pode chorar poeta,
Pode chorar...
Não se preocupe,
porque ninguém te escuta!
Pode gritar poeta,
pode gritar...
Não se preocupe,
porque o amor não se renuncia!