Qualquer dia, amigo.

Nascem sós, morrem sós, esses pequeninos seres humanos que habitam nos campos verdejantes do pálido ponto azul. Mas na trajetória em arco da vida, em meio aos banquetes e alegrias, eles acharam mais preciosa coisa que desperta a inveja dos anjos.

-Veja, observe quando se separam, quando se perdem no labirinto, percebe que perdem mais da metade de si? É saudade?

-Observe quando um deles sublima, viu, olhastes o peito do que fica? Ele, sem brilho algum, espera.

-Mas espera o que? Por ventura não sabe que os dois mundos não se comunicam?

-Não é isso que ele espera...

-...

-Veja aqueles, observe quando se juntam, veja que algazarra, parecem ser mais que dois! Repare, há pouco, Deus já havia chorado pelo seu. *Mistério profundo*

-Porque dói nos dois? Porque se caem de sorrir sempre os dois?

-Teriam costuradas as almas?

Gláuber Ferreira
Enviado por Gláuber Ferreira em 20/07/2021
Código do texto: T7303339
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