rio

Rio

muitas noites passou junto ao rio

no cimo de oscilantes árvores,

mirando de todas as vezes o que a natureza ocultava de dia.

No conforto de 4 paredes

quebra-se-lhe o cheiro da maresia do rio,

voa-se-lhe o respirar dos pássaros

que dormitavam a seu lado,

cega-se-lhe a visão da lua refletida na água tremida,

com ela, os peixes adormecidos na escuridão do manto noturno,

agora anseia por novamente ouvir as melodias conjugadas,

de novos grilos, do bater de asas de morcegos,

pelo passear confuso dos animais que se escondem

de tudo o que transforma de noite e se relaciona,

menos o bicho homem...

Sizamar
Enviado por Sizamar em 26/11/2021
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