AMIGOS

(acho que sou uma ilha perdida)

Encontrar um verdadeiro amigo

É como procurar agulha no palheiro

E muitas vezes quando o encontramos

Logo o perdemos pela inveja, o ciúmes

E outros sentimentos mesquinhos

De pessoas pequenas que interferem...

É que para muitas pessoas

A felicidade dos outros dói

Mas dói muito mais a meu peito solitário

Que sofre ilhado por confidências represadas

Por falta de abraços, pela falta de carinho de um amigo...

O ato solitário de viver numa multidão

É algo que dói na alma

A falta de abraços amigos

De sorrisos amigos e verdadeiros

O bem estar da companhia de um amigo

Só quem o perde sabe...

As pessoas geralmente tudo julgam

Mas não olham para dentro de si

E querem descobrir nos outros as falhas

Que cada um apresenta e nem tenta melhorar...

Conserte o mundo a partir de você,

Nunca a partir dos outros...

E julgamentos... estes deixe para os juizes

E o juízo final... lá é a hora do julgamento...

Vamos crescer no amor fraternal

O que será deste planeta se as pessoas continuarem

A se meter tanto na vida dos outros e

O pior, a julgar os outros a partir da sua própria pequenez.

Hoje eu estou sofrendo porque queria voar

Minhas asas foram podadas...

Tenho que esperar que cresçam novamente

E ver se não foram mutiladas

Mas as feridas, estas ficarão na alma...

Onde acharei um novo amigo?

Onde consertarei a desilusão, a decepção?

Onde colocarei a solidão de meu peito

No momento em que me tornei uma ilha perdida...

"Todos os dias devíamos ouvir um pouco de música, ler uma boa poesia, ver um quadro bonito e, se possível, dizer algumas palavras sensatas." (Goethe)

MÁRIO FEIJÓ
Enviado por MÁRIO FEIJÓ em 16/11/2007
Reeditado em 16/11/2007
Código do texto: T739520
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