LADOS FRATERNAIS - Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros

LADOS FRATERNAIS - Luiz Poeta - Luiz Gilberto de Barros Rio de Janeiro Brasil

Se quando doas, tu emprestas o que sentes

e reivindicas que devolvam teus presentes,

como se fosses só um mero prestador,

os teus serviços já não tem nem mais patente,

e a tua empresa fica tão inadimplente,

que já nem tens sequer um novo comprador.

É assim o amor: tem só um tempo: o do presente

e se esse tempo é abundante e consistente,

há que lucrar quem compreende sentimentos,

mas se quem ama é possessivo e imprudente,

e ao exigir o que doou, é prepotente,

torna-se ausente até dos doces pensamentos.

Cobrar de Deus o bem que fez é entender

que Ele tem sempre a obrigação de devolver

o que a bondade interesseira requisita...

mas o amor jamais será uma moeda,

porque o lado que ela tem, após a queda,

nem sempre é o lado da vontade mais aflita.

Assim, não cobres de quem tu já deste abrigo,

porque os presentes solidários de um amigo,

têm o tamanho do seu próprio coração,

e como o amor é um sentimento dividido,

que tu aceites teu presente, comovido,

porque ele é parte essencial da comunhão.

Cada momento deve ser abençoado

pelos que amam, diluindo cada lado

num lado só, o lado da felicidade...

e o sorriso que se dê, também dilua

o mesmo amor mais fraternal, para que flua

em cada ser, o lado bom... da liberdade.

Às 23h e 25mi do dia 27 de maio de 2022 do Rio de Janeiro -Cabo Frio.

Registrado e PublIcado no Recanto das Letras. Visite-nos.