EMBRIÕES - Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros Rio de Janeiro Brasil.

EMBRIÕES - Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros.

Amei... cuidei de cada amor com tanto afinco...

amo, não brinco com desejos improváveis...

se não pensei, precipitei-me...

... inexplicáveis,

as ilusões são taças vãs de vinho... tinto.

Os embriões que eu não formei foram extintos,

meus labirintos têm caminhos tão secretos

que até os sonhos que me dei, tão prediletos,

São tão discretos, que desbotam quando os pinto.

Quando pressinto alguma dor numa saudade,

eu a expulso, corto os pulsos da amargura.

Minha ternura acaricia, não invade

a epiderme desvairada da loucura.

Vivi, sofri, sobrevivi ao desencanto,

porém meu canto ignorou meus desatinos,

como um menino inventando acalantos,

driblei, nas ruas desse tempo, vãos destinos.

Hoje, sou planta, polinizo meu jardim,

espalho minhas sementes em cada olhar

que me percebe e colhe o melhor de mim,

que são os sonhos que teimo em fertilizar.

Podam-me alguns que querem sempre o meu bem,

porém rebroto com poder e energia,

e cada flor que polinizo é sempre quem

como você que entende minha fantasia.

Às 9h e 23min do dia 24 de Janeiro de 2023 do Rio de Janeiro, Registrado e Publicado no Recanto das Letras.