Confidencial

Eu deveria encarar como elogio

Suas palavras embriagadas

Sentir o vazio da sua alma

Aquecida pelo ódio momentâneo.

E, eu não sei o que você pensa

Quando me fere com seus olhares

Seguidos de atitudes sarcásticas

Por te preocupares em seguir

Teu caminho sombrio

Por uma floresta mal assombrada.

E eu poderia te perguntar

Até quando você suportaria

O sol, que por instantes te cega,

Só te ouvir dizer que o caminho é feito de pedras

E não de nuvens, como eu sempre acreditei

Pois eu imaginava o céu tão próximo

E você me impediu de ver o sol nascer.

Você me emprestou sua desconfiança

Disse que um dia eu poderia precisar,

Você viu minhas mãos atadas

E nada fez, pra me resgatar.

E, eu poderia passar dias escrevendo

Sobre você, sobre o quanto me decepcionou

Sobre o silêncio que penumbra em teus gestos

Que me tortura como prisioneira

De uma guerra, em busca do nada,

Nós não estamos em fase de disputa,

Tínhamos uma amizade compartilhada

Entre risos, abraços e mãos estendidas

Palavras certas em dias de chuva

E me machuca saber que

Você confundiu as circunstâncias,

Fomos vítimas de um drama vendido

E um alto preço devemos pagar

Por deixamos escapar a felicidade prometida,

Por deixarmos de sorrir,

Por deixarmos de sonhar...

Deibby Petzinger
Enviado por Deibby Petzinger em 19/12/2005
Código do texto: T88356