Borboleta Organoléptica

Descansa,

Que nesse tardo fardo só quem se impõe

É a morte.

E de todos os saltos incompreensíveis

Em prol do todo beirando o nada,

Se jamais entendem

É porque jamais sentiram;

E não podem amar.

Os surtos organolépticos

E as membranas impermeáveis,

De um todo complexo,

Não são senão desejo

Mesclado ao sonho

E um sal de força;

São bombas de desespero

Que depois de expostas

Viram mágicas reais,

E pesadelos de momentos

Que revelados não são nada,

Mas com metáfora viram graça

E traça

Pra borboletar e mostrar,

Que do pouco

Surge minúsculo

Aquele sonho,

Aquele desejo.

Palmas pra eles

agora posso vê-los;

Agora são reais.

Diego Guimarães Camargo
Enviado por Diego Guimarães Camargo em 22/03/2008
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