Por que?

Ainda pasmo à lembrança

Daquela simples manhã

Em que olhares tímidos se assistiam ao café.

Palavras vacilavam

E nada esclareciam...

Tremulava a mão do poeta

Tocando ali, a inspiração

de seus sonetos

Numa tumultuada esquina da estação.

Era verão...

Tudo era claro

E é linda a visão

Que acaricio em devaneios

Tal sonhos antigos e alheios...

Oh... Poeta, por que veio?

Perder-me-ia de te encontrar!

Pois hoje, já não me consola

sonhar e delirar tão belo

Como antes de sabê-lo...

Marisa Rosa
Enviado por Marisa Rosa em 22/05/2008
Código do texto: T1000689
Classificação de conteúdo: seguro