Sou esta mulher...

Não sou esta inconstância toda!

Sou faminta de vida

sedenta de ilusões...

Mãos nervosas

Boca que tudo prova

e olhos que tudo duvida!

Se ando contra o vento

É por que não mais me habita o medo ou covardia

Vou por que creio no deus que invento

Na minha oração de cada dia!

Caminho muda,

Cega, às avessa,

Mais vou sem pressa!

E me saber? Quem dera!

Sou íntima de mim apenas

Mas nem tudo me consinto

Pra não virar presa de mim mesma!

Já dizia minha avó:

Puta só!

Ladrão só!

E hoje sei, tuas não são minhas verdades...

E antes de me saber

decifre o mistério

que habita no sussurro da correnteza,

na melancolia das águas presas

e no pranto da chuva!

Foi alhando-os, aprendi meu método de viver!

Marisa Rosa
Enviado por Marisa Rosa em 22/05/2008
Reeditado em 02/06/2008
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