Muito Além de Um Castelo

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MUITO ALÉM DE UM CASTELO

Era o final do século XVI...

Conta-se que em algum lugar muito distante existia um homem belo, bem tratado que se vestia com as mais belas sedas. Este homem tinha muitas posses. Porém vivia pelo mundo a procura de algo que lhe trouxesse a verdadeira paz e felicidade.

Exausto, em certo ponto de sua existência resolve parar sua caminhada, contrata os melhores construtores de sua época e determina a construção de um belo e gigantesco castelo. Com o passar do tempo aquele se torna o castelo mais apreciado e o castelo mais belo de todo o reino.

Este homem era um nobre, porém triste e solitário. Agora o jovem nobre mais uma vez chama seus súditos e determina a construção de um muro ao derredor do castelo. Dias e noites passam, sóis e luas, ventos e tempestades. E aquele jovem nobre permanece em seu castelo. Nada o faz sair de seus portões.

Um belo dia, na torre do castelo avista algo estranho, olha para baixo e vê algo que lhe parece um imenso tecido de seda branca ao chão, bem à frente dos portões do castelo. Desce correndo todos os degraus, solicita a abertura dos pesados portões que com grande empenho de forças seus súditos acabam por abrir. Para sua surpresa observa uma bela mulher que ali estava desacordada. Dirige-se a ela lentamente. Aproxima-se mais e mais. Acabando por despertá-la. Ambos se olham. Ele a observa, bela mulher, olhos e cabelos negros. Sente algo diferente em seu coração, e sem que perceba já está por ela apaixonado.

Querendo ajudá-la, convida para que entre no castelo, porém ela diz ser impossível, tem um longo caminho a percorrer, precisa partir. Até então aquele nobre príncipe nunca tinha encontrado tamanha emoção e felicidade, mesmo com toda riqueza, com todos seus súditos ou até mesmo com aquele imenso e rico castelo.

Decide abandonar tudo, seu castelo, suas posses, seus súditos e seguir o caminho junto à bela moça. Sente-se cada vez mais apaixonado. Porém percebia que isto ia distanciando-o de seu castelo mais e mais... Certo dia percebeu que a moça que com ele estava, tinha partido deixando-o ali perdido. Estava agora muito distante de seu castelo, não tinha mais como voltar. Decidiu andar pelo mundo a procura de seu amor...

Aquela sua caminhada tornou-se uma obsessão, ele andava noite e dia a procura daquela que lhe deixou totalmente encantado. Decidiu que por aquela paixão iria a qualquer lugar. Por vezes pensava se deveria esquecer essa ânsia e construir um novo castelo onde iria fazer muros ainda maiores aonde não iria mais olhar o mundo e não iria mais sofrer com aquele sentimento que doía seu coração... Encontrava-se neste dilema, pensando e repensando no que faria. Deveria construir um novo castelo com muros maiores? Ou andaria pelo mundo? Muito tempo passou. Certa vez foi atacado por animais ferozes. Deixando-o em farrapos, e ali ele ficou desacordado à beira de um rio. O lugar era belo, os pássaros cantavam, o rio levava a uma bela cachoeira. E a poucos metros dali uma bela moça de olhos negros, cabelos longos banhava-se. Embora lembrasse sua antiga paixão tratava-se de outra pessoa. Ela sai da água com seu vestido de banho, caminha alguns passos e o vê atirado ao chão. A priori acredita que esteja morto. Porém logo observa sinal de vida. Neste instante ela chama seus irmãos que o leva a uma cabana, simples, porém acolhedora e aconchegante. Lá é socorrido e auxiliado pela jovem moça. Seu nome, Suane e o dele Proteu. Este permanece desacordado naquela cabana aos cuidados daquela que o salvou. Em pouco tempo encontrava-se encantada pelo moço, que a seu ver parecia muito pobre e triste.

Deu a este, roupas limpas, limpou seu corpo e suas chagas. Fez-lhe a barba.

Não se demorou que acordasse e visse Suane a sua frente. Ele estava surpreso, a princípio, num primeiro olhar lembrou daquela paixão do passado. Porém percebeu que está era uma jovem diferente da que conhecera em outra ocasião. Percebeu que era alguém desprendida, que a ela não importava quem ele era, quando a olhava percebia um brilho em seus olhos era realmente uma jovem maravilhosa, linda, encantadora, tinha um sorriso suave e uma doce voz... Era meiga, sem que percebesse estava completamente envolvido e encantado por aquela jovem que ali estava diante dele. Ela por sua vez sentia o mesmo, era algo recíproco e verdadeiro. Ambos sentiam que aquele tempo foi o tempo suficiente para descobrirem o que era inevitável, tinham encontrado o grande e eterno amor... Ele sentia ter encontrado a mulher de sua vida, não uma paixão, mais o verdadeiro amor. E ali, naquela cabana simples, os dois viveram e cuidaram um do outro até o fim dos tempos.

Ismênia Nunes
Enviado por Ismênia Nunes em 24/05/2008
Reeditado em 26/09/2008
Código do texto: T1003519
Classificação de conteúdo: seguro
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