PAR OU ÍMPAR?

Eu não vi todas as luas,

Adormeci enquanto você

passeava por elas, eufórico.

Você, dragão.

Eu, colchão de estrelas.

Amarramos as pontas dos

lençóis para que nada

fosse esquecido, nem um

beijo, nem um gozo, nem

um gole, nem um gemido.

Sofremos de todas as dores

que o amor não canta, silencia.

Fomos capazes...

Sussurramos todas as tolices

que os apaixonados (mais felizes)

eternizam, deslizamos por poucos

segundos, nos embrenhamos.

E depois de tudo isso, ou quase

nada, apropriamo-nos de nossas roupas,

de nossas almas, vestimos um

cheiro misturado...segredos e

angústias. Um levando do outro

dedicatórias na capa do corpo,

no miolo da alma.

Um "eterno" impregnado de essências.

Por poucos segundos, resolvemos ser

um par, ímpar decisão...

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 25/05/2008
Código do texto: T1004791
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