MULHER DE PAPEL ...

MULHER DE PAPEL!

Nídia Vargas Potsch

Certo dia, me fizestes jurar...

Acatei teu desejo insano

e fiz um juramento.

Com as voltas que o mundo dá

com o tempo célere a passar

pude entender

que a equivocada era eu ...

Por me deixar simplesmente levar.

Cheguei a brilhante conclusão,

depois de muito sofrer,

que nada é em vão,

custei mas aprendi a lição,

amar unilateralmente,

não vale uma única lágrima siquer.

Não vale a pena massacrar o coração ...

O ponto de partida e o ponto de chagada

foi simplesmente quando duvidastes do meu amor

que espontaneamente te ofereci faz tempo.

Será que ainda lembras?

Pude perceber então o quão egoísta

te tornastes ou já eras assim

e não conseguia enxergar?

Não dizem que o Amor é cego?

Dividir e compartilhar, numa relação é essencial.

Mas só consegues amar a ti mesmo, não é a verdade?

Não desejo tapar o sol com a peneira.

Não sou melhor nem pior que ninguém.

Tenho como qualquer pessoa,

um coração que sofre

mas que sabe amar acima de tudo!

Defeitos, quem não os tem?

Mas não sou uma Mulher de Papel

que tudo aceita e nada vê ...

Que compactua com teus desmandos e caprichos.

Já basta! Cansei de ser marionete!

Me desobrigastes deste juramento funesto,

tornando-me livre ...

LIVRE para voar

e alcançar novas paragens ...

Nídia Vargas Potsch

@Mensageir@

Rio, 22/04/2008

Nídia Vargas Potsch
Enviado por Nídia Vargas Potsch em 29/05/2008
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