MATAR-TE É ALGO EFÊMERO!

Matar-te é algo efêmero!

Procuro-te na poeira invisível do infinito

Rastros intocáveis, imagens, lembranças.

Pedra é pedra, flor é flor, sei, mas grito.

Maldito medo apartou-me da bonança.

Enterrei os sentimentos a debalde

Estás tão vivo, tão presente querido.

Cravejada de espinhos e saudades

Matar-te é algo efêmero, dá-me risos.

Ah Adônis, não vou me abster deste querer.

Tua sombra acompanha fiel o meu viver

Sou um esteio e ela se apegou, comigo ficou.

E tua carne vagueia sem ter consciência

De que foste vitimado por surto de onipotência

Traz o teu corpo de volta, aqui nada mudou!

Tânia Mara Camargo
Enviado por Tânia Mara Camargo em 29/05/2008
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