MEIO ANJO, MEIO DEMÔNIO
Foi pelo brilho de felicidade nos teus olhos que eu me apaixonei.
Foi pelo jeito meio menina, meio mulher, que eu gamei.
Então o amor cresceu, me dominou, eu me entreguei.
Vivo embriagado com o teu amor, até quando, não sei.
O que sei de mim é que continuo apaixonado.
Louco, cego, te procurando como um fraco, um viciado.
Viciado no amor, doente de paixão, sem retorno, não tem jeito.
Se tirarem o meu coração, tu continuarás acasalada no meu peito.
Teus lábios produzem um beijo gostoso e mortal.
Os teus seios, o teu corpo, são, o meu pecado sensual.
Incurável, incansável, eu morro e vivo pelo teu amor.
Anjo ou demônio, volta pra mim, por favor.
O céu, o paraíso, o inferno, de tudo tu tens um pouco.
Vira a minha cabeça, usa o meu amor e vai embora.
Desarmado eu fico nesse desespêro, nesse sufôco.
E toda vez que tu foges para o teu mundo.
Eu fico sozinho do lado de fora.
E porque?
Manaus, 04 de março de 1993.
Marcos Antonio Costa da Silva