MALDITO AMOR
No momento o que eu sinto na minha alma é um grande tormento.
Não consigo mais coordenar as minhas idéias, tudo está confuso.
A minha vida está se transformando num inferno a cada momento.
No meu peito a tua ausência me aperta como a um parafuso.
Eu quero chorar mas não tenho lágrimas, eu não consigo.
Tudo está dando errado, nada se encaixa no seu devido lugar.
Mas de tudo eu fiz por você e para ficar contigo.
Hoje só restou essa dor maldita da distância a nos separar.
Às vezes eu mal digo a hora em que nasci.
Tudo porque eu ainda não consegui te tirar da minha vida.
Já lutei e menti para o mundo, mas na verdade eu não te esqueci.
E a cada segundo esse amor maldito se transforma numa imensa ferida.
É tão triste ter que aceitar a verdadeira situação.
Fingir que eu não te quero, tentar ser forte e me afastar.
Maltratando a verdade, sufocada dentro do meu coração.
E sofrer por esse amor maldito, que só soube me magoar.
Não deu, por isso tudo se acabou.
Ficarão para sempre as boas lembranças.
Florindo tristemente sobre a nossa dôr.
Manaus, 22 de novembro de 1988.
Marcos Antonio Costa da Silva