Engano

Como uma queda em um jogo

Como uma bala certeira

Como uma flecha primária

me dei conta do engano

Meses,dias,horas,segundos

chorei rios

o morto errado

Entrei na hora certa

no sepulcro desabado

e não olhei sua cara

Me agarrei ao seu corpo

me enterrei em seu tronco

me escondi nas camélias

a soluçar nos amigos

só não olhei o seu rosto

o morto não era o meu

O meu,distante de mim

já havia partido

e agora,desfeito o engano

era só seguir

as alamedas da vida.

Um pouco envergonhada de tamanho alarde,

mas todos vão compreender

afinal,até na vida a gente se engana

quanto mais na morte!

Sonia Aimée Laupman
Enviado por Sonia Aimée Laupman em 06/06/2008
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