Quase uma viagem
Todos os dias o trem aparece na calada da noite,
No início veloz... arrasador...
Diminui o ritmo para então deleitar-se,
Aporta...consome...abala as estruturas da estação,
a estação imponente dia após dia aguarda, ora ansiosa ora calmamente,
certa de que ,todo dia, àquela hora ele aparece à noitinha , quando a lua estreia, tão longe... tão perto!
Apita, sinalizando, atrai a atenção, chega a tremer o chão da estaçãozinha.
A pequena estação, o grande trem!
O pequeno trem, a grande estação!
Se fundem por segundos...
Magia , necessidades, inquietações,
e quando passa deixa atrás de sí uma estação sólida e solitária,
esperançosa no dia de amanhã,
quando o ritual, na calada da noite, se repetirá!