Furtivos Encontros

Nos furtivos encontros tudo acontece,

o ontem e o amanhã não existem,

o tempo é o presente momento,

os minutos roubados do acaso,

frutíferos provenientes do amor,

sem qualquer sentimento de culpa,

a chama que alimenta o prazer,

os lábios umedecem facilmente,

logo que os desejos aumentam,

a garganta torna-se seca,

deixando a boca embargada,

como se ela tivesse ficado calada,

tanta é a fome dos desejos,

sem qualquer pecado dos amantes,

se entregam de forma extasiante,

da mesma maneira que o poeta,

quando interpreta seus belos sonhos,

e para o papel tudo transpassa,

os amantes na cama se entregam,

trocando beijos dos mais variados,

sem se importar com os caminhos,

o que não transgride o respeito,

dentro de quatro paredes tudo é valido,

são os mistérios do desconhecido,

que aos poucos serão entendidos,

na sensualidade tão provocante,

o desfrutar do intenso prazer,

nas caricias dos toques perfeitos,

a mágica do deslumbramento,

desnuda a loucura da razão,

embriaga os sentimentos da emoção,

corpos sendo totalmente envolvidos,

num simples sussurro mais ousado,

o libido transborda crescente,

na sinfonia tão eloqüente,

da entrega destes corpos suados,

exalando o aroma da paixão,

espalhando pelo quarto inteiro,

rolando da cama ao chão,

amassando o lençol de cetim,

homem e mulher se amam,

sem se importar com o tempo,

a comemoração deste momento,

só a eles dizem respeito,

os amantes da ocasião,

que compartilham seus corpos,

embriagados em pura paixão,

sendo eles casados ou não.

Celso Ant Dembiski
Enviado por Celso Ant Dembiski em 17/06/2008
Código do texto: T1038600
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