Pudesse eu ser...

PUDESSE EU SER...

Pudesse eu ser...

A concha onde abrigas

pérolas de palavras inúteis

O cofre onde ocultas

jóias de pensamentos calados

A ânfora onde derramas

cristais de lágrimas antigas

Pudesse eu ser...

Faísca e fogo

na lenha húmida dos teus olhos

Sol e Lua

na sombra difusa do teu corpo

Verde e água

na aridez do teu deserto

Pudesse eu dizer...

Pertenço-te!

(In "Geometrias Intemporais"

publicado em Maio/2000)

Carmo Vasconcelos
Enviado por Carmo Vasconcelos em 08/04/2005
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