Amor de Inverno

Frio Congelante

Sangue quase coagulado

Calor constante

No coração disparado

Brisa sombria

No céu encoberto

Em plena Luz do dia

Estou só nesse deserto

A noite cai

Depois d’uma tarde lilás

E aos poucos vai

Dissipando minha paz

Até a Lua Nova

Que sempre me consolou

Também me pôs a prova

Também me abandonou

O silencio é cortado

Pela voz gravemente agradável

Do meu bem querer amado

Do meu anjo inigualável

E meu quarto deserto

Foi povoado por lembranças

Por todo amor do universo

Pelos risos de duas crianças

Mas ao fim dessa conexão

As trevas voltam a reinar

Maltratando o coração

Sem ninguém pra me salvar

E tudo que me resta fazer

É suportar seu afastamento

Tentando sobreviver

Em busca de novos momentos

Enfim as trevas se vão

Cansadas de me atormentar

Aos poucos sinto meu coração

Como o Sol a me iluminar

Você é minha alegria

Você é minha estrela, meu luar

Você é a luz do meu dia

Pras trevas solitárias não quero voltar

A brisa já não me fere

Nem a noite me atormenta

E, embora o frio me congele

Nossa paixão nos esquenta!