De solidão e rosas

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Toquei as pétalas das palavras com as mãos

e elas tocaram em mim com a suavidade

dos desejos cálidos, aplacados pelos vãos,

e pela eternidade da distância e da saudade

me inebriei do perfume da pétala rubra

sentindo a umidade do orvalho macio;

lambi o espinho a que o sangue me recubra

o lábio inchado pelo delírio do meu cio

e o tango começou a tocar no meu ouvido

dançando pelas minhas pernas mais afoito

como fossem os dedos de um bandido

passando pela minha carne antes do coito

e, tão sôfrega, gemi a última palavra em grito

pelo sal que me sangrava a língua e o meios

da rosa passada pelo corpo, como em rito,

transformada em falo entre os meus seios...

No Blog em 22.06.2008:

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