Delírio de amor

Abrem-se as flores, amores

Ficam a delirar; amam-se

Por amar, quando no peito

Coração não se quer calar.

A estação não é primavera,

Mas a solidão é fera

Na alma a torturar, quando

Nas árvores pássaros põem-se a cantar.

O vento no meu corpo incessante por ti

A chamar, a brisa fria

A me entorpecer, porque muito

Longe você está...

No silêncio me perco,

Atordoado tento me reencontrar

De repente vejo teu vulto, que se desfaz

No meu olhar...

E à vida segue-se em delírio a amar...

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 24/06/2008
Reeditado em 08/08/2008
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